quinta-feira, 3 de março de 2016

(Livros:) O que há de estranho em mim

Livro: O que há de estranho em mim


O que há de estranho em mim
Gayle Forman 
Título Original: Sister in Sanity
Tradução: Marcelo Mendes
FORMATO: 16 X 23 CM
Número de páginas: 224
Acabamento: brochura

Lançamento: 11/01/2016

"Não existem madrastas, não existem fadas madrinhas, não existem príncipes encantados. Não existe um destino predestinado. É você que manda no destino. É você que decide o que faz."

Olá leitores!

Não tenho palavra para descrever o quanto amei ler este livro... E confesso, para aqueles que não gostaram dos livros 'Se eu ficar" e "Pra onde ela foi"... Com toda certeza vai se surpreender com a escrita de Gayle Forman em seu livro "O que há de estranho em mim".

Este livro foi de cortesia da Editora Arqueiro e acredito que eles acertaram em cheio na diagramação, pois a capa chama muito atenção, mesmo para aqueles que desconhecem a sinopse.
Vamos conhecer?

O que há de estranho em mim é um livro que conta sobre a história de Britt, uma adolescente resolvida e sabe o que quer. Mesmo vivendo um momento bem conturbado, Britt se refugia na música. Por conta deste refúgio, acaba sendo participante de uma banda onde toca e compõem algumas músicas. Sua banda começa a fazer alguns shows em alguns bairros vizinhos, e Britt começa a chegar tarde em casa e a não se comunicar muito bem com os seus familiares.

Seu estilo de roupa chama muito atenção também, usando cabelos na tonalidade rosa, ama tatuagens, ao mesmo tempo, não gosta de beber e fumar, age completamente diferente de muitas meninas de sua idade, tendo sempre o pé no chão quando se trata de resolver seus problemas ou tomar alguma decisão. Ou seja, temos uma adolescente que demonstra ser normal. Mas para sua família não. 

Britt tem uma mãe que possui uma doença, e a garota não "se dá" muito bem com a sua madrasta... E para piorar a situação, Britt percebe que com o nascimento do filho de sua madrasta as coisas para o seu lado iria piorar, mesmo assim, ela não se deixa abater.

Sua mãe uma mulher maravilhosa e que conquistava todos com o seu jeito, seu ânimo e o modo a qual via a vida. Após ter ficado doente, a vida de nossa protagonista sofre uma mudança gigantesca. Quando se trata dos momentos a qual viveu com seu pai, Britt o tem como o seu herói, seu refúgio, adorava conversar com ele, mas após estas mudanças entre divórcio e a formação de outra família, seus laços ficaram frágeis. Com medo de que Britt desenvolva as mesmas doença, por ver que seu comportamento diante a sua madrasta e seus familiares tenha sido reservado, seu estilo de roupa e corte de cabelo, o pai de Britt começa a pensar se seria viável interná-la em um tipo de "abrigo" que poderia ajudá-la e até ter um diagnóstico mais preciso, e assim, acaba matriculando-a. Mal sabia ele que Britt passaria por momento bem conturbados e cheios de conflitos neste lugar.

Ao chegar na instituição começa a duvidar do sistema, cuja tendência é de fazer mais mal a ela e acaba se reunindo a algumas meninas que tentam sobreviver a este sistema. Ao conhecer a Red Rock, nos angustiamos pela tamanha crueldade que há e o anti-profissionalismo. Para entender o que quero dizer é que, ao invés de prover ao atendido momentos de reflexão e momentos prazerosos, ele acabam passando por momentos de conflitos internos, de exposições  que as ridicularizam. Leve em conta a vulnerabilidade a qual chegaram lá. Resultado... Elas acabam ficando com medo e obedientes devido o abuso de poder e a destruição da sua auto-estima e auto-confiança.

O livro é cheio de flashback, com intuito de que o leitor entenda como era a vida de Britt antes de entrar na instituição e como está vivendo em um lugar onde você deve pensar mais de duas vezes antes de fazer ou falar alguma coisa para não ser ridicularizado e ter alguma "regalias".

Tive todas as emoções possíveis a flor da pele com este livro, pois refleti e muito sobre como poucos jovens tem sido ouvidos na época a qual vivemos. São ridicularizados ou até mesmo sofrem preconceitos por vestirem alguma roupa que não faz parte do ideal que a sociedade criou, ou pela forma de agir em determinadas situações de forma reservada ou sem se envolver completamente.

O leitor acaba se revoltando com tamanha frieza e abuso de poder a qual encontramos durante a leitura. A forma como os líderes agem e tratam estas adolescentes, enganando seus familiares que há falsos progressos ou falsas regressões. 

Me questionei, e muito, durante a leitura se isso não ocorre no mundo a qual vivemos... Do jovem não ser ouvido em sua sociedade, não necessariamente estar vivendo em um abrigo, mas o que e como a sociedade tem os tratado...

Estas reflexões acompanharam a leitura de forma fluente. Isso me chamou muito atenção, pois não queria largar nenhum momento o livro e quando ficava muito tempo distante, começava a ficar incomodada para saber como seria todo o desenrolar da história.

SINOPSE: Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade. 
Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito tempo. Logo outras garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil. V, Bebe, Martha e Cassie se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão. 

Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece.

Beijos
Ariana Silva

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