segunda-feira, 12 de outubro de 2015

(Livro:) Admirável Mundo Novo


O Admirável mundo novo


Admirável Mundo Novo
Autor: Aldous Huxley
Páginas 312
Edição
Tipo de capa Brochura
Formato Livro
Editora Globo
Ano 2013
Assunto Literatura Estrangeira - Romance
Idioma Português
"Voltar a civilização representa para ela voltar ao soma, era a possibilidade de ficar na cama e de se desligar seguidamente da vida, sem os efeitos correlatos de dor de cabeça, enjoô, sem ter que sentir o que sempre sentia depois do peyolt - a impressão de ter feito alguma coisa tão vergonhosamente anti-social que jamais teria a coragem de levantar de novo a cabeça.
Olá leitores!
Hoje falaremos deste clássico romance científico, O admirável Mundo novo. Por estar cursando o curso de letras, tenho que estar abrindo mão de algumas leituras e me voltar aos estudos. Embora que não seja um gênero literário que me prende atenção, acabei criando uma certo receio em relação a este livro. Mas, acabei lendo e fui aprendendo e refletindo sobre aspectos sociais.

Vamos ao livro?
Aldous Huxley é um ator crítico e sarcártico, onde critica a sociedade de sua época e valores a qual ela atribui. Pioneiro em distopias voltado a área tecnológica, Aldous Huxley, ao meu ver, foi muito corajoso ao criticar a sua sociedade e, querendo mostrar o futuro promissor deles.

Em seu livro, o autor nos apresenta dois tipos de sociedades, a dos selvagens e o Admirável Mundo Novo. Nos primeiros 7 capítulos, somos começamos a entender sobre a sociedade Admirável Mundo Novo,o papel de cada casta, a função de cada representante para se manter a harmonia e um bom funcionamento desta sociedade. O "deus" a qual eles se prostram é chamado de Ford e, em alguns momentos passa a ser chamado de Freud. 

Nesta sociedade futurística, seus cidadãos são estimulados desde cedo a exercerem suas funções de acordo com que a sociedade tinha lhe proposto desde pequeno, ou seja, o cidadão não escolhe a sua profissão e/ou qual casta que irá pertencer. Os bebês são reproduzidos em capsulas e não são geramos como temos conhecimento do nossos dias. Além dessa forma de reprodução, não existe a imagem de uma família, cujos membros sejam: uma mãe, um pai e seus filhos. No Admirável Mundo Novo, para ser uma pessoa "de bem com a vida" deverá ter tido relações sexuais com a maior parte dos membros desta sociedade, de forma que não há necessidade de ninguém se submeter a ninguém, somente para as autoridades.

Uma coisa que nos chama atenção é a crítica que o autor faz para a pílula chamada Soma, onde o habitante quando passa por um momento de fortes emoções, deve-se tomar este "remédio" par se ter o equilíbrio.  Há o surgimento do anticoncepcional, onde para as mulheres desta sociedade, o medo muito forte de engravidar. 

Paralelo a essa sociedade, temos conhecimento da sociedade dos Selvagens, onde a família é respeitada, há figura materna e paterna, as regras familiares são respeitadas e acreditam que há um Deus acima de todas as coisas. A forma das mulheres gerarem seus filhos é de forma natural e não há remédios para manter o equilíbrio emocional. Nesta sociedade, encontramos um membro chamado Jonh que é muito citado como Jonh o Selvagem. Este encontrou um livro pelo caminho e começou a ter contato com as letras. A forma de se portar, de discutir, percebemos que este livro possui uma influência muito grande na formação deste indivíduo. 

O mais interessante disso tudo é quando Bernard entra na sociedade dos Selvagens e compara com a sociedade a qual está inserido. Percebe quantas divergências há entre uma e na outra. Acaba levado Jonh também, para conhecer a sociedade Admirável Mundo Novo.

Estes conflitos fazem com que o leitor comece a pensar sobre as influências que a sociedade enfrenta nos últimos dias, a forma como o governo interfere na educação das crianças e da formação de uma família. Digo que este livro seria muito importante de todos terem conhecimento, pois traz verdadeiros alertas contra a política e principalmente, sobre a mídia a qual nos cerca.
"Não exige esforço mental nem físico. Sete horas e meia de trabalho agradável, não exaustivo, e depois e meia de trabalho agradável, não exaustivo, e depois a ração de soma, jogos, copulação irrestrita e os filmes sensíveis. Que poderiam querer mais?"
SINOPSE: Extraordinariamente profético, Admirável Mundo Novo é um dos livros mais influentes do século XX.

Uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos, na qual a mera menção das antiquadas palavras "pai" e "mãe" produzem repugnância. Um mundo de pessoas programadas em laboratório, e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. Um mundo no qual a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar o espírito de conformismo. Um universo que louva o avanço da técnica, a linha de montagem, a produção em série, a uniformidade, e que idolatra Henry Ford.

Essa é a visão desenvolvida no clarividente romance distópico de Aldous Huxley, que ao lado de 1984, de George Orwell, constituem os exemplos mais marcantes, na esfera literária, da tematização de estados autoritários. Se o livro de Orwell criticava acidamente os governos totalitários de esquerda e de direita, o terror do stalinismo e a barbárie do nazifascismo, em Huxley o objeto é a sociedade capitalista, industrial e tecnológica, em que a racionalidade se tornou a nova religião, em que a ciência é o novo ídolo, um mundo no qual a experiência do sujeito não parece mais fazer nenhum sentido, e no qual a obra de Shakespeare adquire tons revolucionários.

Entretanto, o moderno clássico de Huxley não é um mero exercício de futurismo ou de ficção científica. Trata-se, o que é mais grave, de um olhar agudo acerca das potencialidades autoritárias do próprio mundo em que vivemos. Como um alerta de que, ao não se preservarem os valores da civilização humanista, o que nos aguarda não é o róseo paraíso iluminista da liberdade, mas os grilhões de um admirável mundo novo. 


Leia sobre:

Autor Aldous Huxley



Espero que tenham gostado!
Volte mais vezes
Beijos
Ariana Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário