terça-feira, 7 de janeiro de 2014

(Autores):Eleanor H. Porter

Eleanor H. Porter


Eleanor Hodgman Porter nasceu no dia 19 de dezembro de 1868, em Littleton, New Hampshire, nos Estados Unidos e morreu no dia 21 de maio de 1920, em Cambridge, em Massachusetts.
Eleanor quando criança tinha a saúde muito frágil e delicada, o que pode ter sido a causa para a influência do seu caráter introspectivo, direcionando-a desde muito cedo para os caminhos das artes e da literatura, a princípio como leitora, posteriormente como escritora.
Foi educada em escolas locais, em seguida por um professor particular, e posteriormente, por ser apaixonada por música, ingressou no Conservatório de Música de New England, em Boston, tendo a oportunidade de aprimorar seu talento como cantora lírica.
Recebeu diversos elogios por sua voz, apresentou-se em muitos concertos, fez parte de corais de igrejas e também ensinou música.
Em 3 de maio de 1892, com 24 anos, casou-se com John Lyman Porter e o casal mudou-se para Cambridge, em Massachusetts. Porém nunca tiveram filhos.
Em 1900 deu início a sua carreira literária, com a publicação de um conto. Um ano depois, assumiu a carreira de escritora, pois passou a escrever em tempo integral. Não assinava os seus contos com o seu verdadeiro nome, mas com o pseudônimo de Eleanor Stewart e assinando como Stewart publicou mais de 200 contos em revistas femininas.
Em 1907, o primeiro romance de Eleanor foi publicado. A partir daí, ela não parou mais de escrever. Outros 17 livros foram lançados, além de sete coletâneas de contos, todos com grande aceitação pelo público, apesar de apenas Pollyanna ter conseguido a consagração mundial. A maioria dos seus livros são de temáticas infanto-juvenis. Mas também escreveu romances adultos.


 Suas principais obras foram:
 (1907) Cross Currents
(1908) Turn of the Tide
(1912) Miss Billy (com grande aceitação do público, tornando-se um grande best-seller)
(1913) Pollyanna
(1915) Pollyanna Grows up
(1915) Just David
(1916) Sic Star Ranch
(1916) The Road to Understanding
(1917) Oh Money Money
(1918) Dawn
(1919) Keith’s Dark Tower
(1920) Mary Marie
(1920) The Story of Marco
(1921) Sister Sue
(1924) Money, Love and Kate
(1927) Little Pardner
(1928) Cross Currents
(1928) The Turn of the Tide
A autora Nelly Novaes Coelho em seu livro “Panorama Histórico da Literatura Infantil-Juvenil”, escreve um pouco sobre a biografia de Eleanor H. Porter, na página 154, que transcreve agora.

“Eleanor H. Porter (1868 – 1920)

Entre as obras traduzidas que tiveram larga circulação entre nós, principalmente como boa literatura para as jovens, está “Pollyanna”, publicado nos Estados Unidos em 1913 e traduzido aqui em 1934 por Monteiro Lobato (Cia Editora Nacional, “Biblioteca das Moças”). Sua autora foi Eleanor Hodgman Porter, romancista norte-americana, autora de uma literatura sentimental – amorosa e jovial, de grande repercussão popular.
Inicia-se com “Correntes Cruzadas” (1907), ao qual se seguem vários títulos. Mas seu grande sucesso foi “Pollyanna”, seguido por “Pollyanna Moça” (1915), dedicado ao público feminino. É a estória comovente e alegre de uma encantadora menina que tem sido das heroínas de romance mais amadas pelo público jovem (dos anos 30/40, e talvez do atual…). É ela um novo avatar da idéia de que o “bem sempre vence”…
Dentro da linha do realismo humanitário, põe-se em confronto o dinheiro e a felicidade pessoal a partir de comportamentos polares: bondade generosa e egoísmo destrutivo. O argumento gira em torno das experiências vividas pela menina órfã, Pollyanna, em casa de sua tia Polly, solteirona seca, rigorosamente “virtuosa”, mesquinha e imensamente rica (como se vê, uma efabulação das mais comuns nas novelas do ultra-romantismo, mas que continua fazendo efeito…).
Pelo “jogo do contente”, vivido espontaneamente por Pollyanna, aponta-se no livro a única solução possível dentro do quadro de desequilíbrios e injustiças sociais vigentes e dificílimas de serem sanadas. Embora no livro sempre se tenha o “final feliz” que reequilibra tudo de maneira ideal.
Enfim, na produção infantil ou juvenil do nosso século, essa tendência vai-se prolongar em muitas e muitas obras, com ligeiras diferenças, mas sempre insistindo no enfoque da vida cotidiana, familiar, onde os problemas de desajuste individual ou social serão resolvidos por um comportamento ético-afetivo ideal. Daí a “exemplaridade” didática que, via de regra, orienta a matéria literária”.

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